quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ACS supera Portugal e faz oito gols na UFPR TV

A oito dias da revanche, o ACSSport faz um resgate de como foi o primeiro embate da história entre ACS e UFPR TV. Tamanha a importância do acontecimento, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, entrou em campo para abrilhantar ainda mais a ocasião. A Copa do Mundo parou na noite de 23 de junho para acompanhar o confronto de futebol society, realizado no Olé Batel. A goleada da ACS por 8 a 4 esquentou a fria noite de inverno. Relembre como foi:

UFPR TV tem craque magnífico, mas base deixa a desejar


Em noite inspirada, ACS faz 6 gols no primeiro tempo, administra a vantagem no segundo e vence por 8 a 4


Apesar da temperatura de 8ºC na noite de Curitiba, os times da Assessoria de Comunicação Social (ACS) e da UFPR TV entraram em campo para colocar a rivalidade à prova em um jogo quente dentro das quatro linhas. Depois de a bola começar a rolar, o clima foi ainda mais tenso, mas os gols da ACS saíram com facilidade, apesar da pressão da torcida adversária. O placar final foi de 8 a 4. Com a goleada, o time da ACS foi batizado pela crônica esportiva como "Os meninos da Reitoria".


Por ser o primeiro confronto entre as equipes, o clima durante a semana foi de provocação. Tanto que Carlos Rocha, o Polaco, técnico da equipe da UFPR TV, vetou as entrevistas exclusivas após o confronto verbal entre o craques Félix Calderaro, a grande arma de Polaco, e Sandoval Matheus. O temor de Polaco era que as declarações infelizes de Félix colocassem a equipe da TV nervosa. O veto foi decidido após esta réplica de Sandoval Matheus: "Todo mundo sabe que o Félix calado é um poeta", atacou. Após a partida de ontem, uma torcedora complementou. "Em campo, o Félix entrou mudo e saiu calado", disse, decepcionada.


O jogo


Os primeiros dez minutos em campo foram tensos, com muitos erros de ambos os lados. Zaki Akel, conhecido como O Magnífico, apelido que ganhou por conta de sua passagem pelo futebol da Europa (a exemplo de outros craques, como Ronaldo Fenômeno e Luís Fabiano, o Fabuloso), criou pouco. O melhor lance no período foi quando Sandoval Matheus (bastante questionado pela torcida) fuzilou de longe e acertou o travessão. A atitude foi incentivada pelo capitão do time, Fernando César. "É isso aí, gente. Tem que chutar. Quem não chuta não faz", gritou em campo, à la Dunga.


Respeitado por toda a equipe, o capitão Fernando foi imediamente acatado e a equipe passou a jogar no 4-6-5-16-87-49, esquema também conhecido como "chutar para onde o nariz aponta". Solta em campo, o time abriu fácil 6 a 1, com destaque para o artilheiro Anderson Gomes. Os raros lances de perigo da TV pararam na consistência do goleiro Bernardo. "A gente faz o que pode. O goleiro é a segurança da equipe. Tentei dar tranquilidade para os companheiros criarem na frente", declarou Bernardo ao fim da partida.


No segundo tempo, já bastante relaxado por conta da forte marcação que impôs ao adversário na primeira etapa, a ACS acabou relaxando. Foi então que Zaki Akel fez um gol olímpico, numa falha da zaga. Ciro Campos, o zagueiro responsável por cobrir aquela área da defesa, justificou: "O time marcou muito forte no primeiro tempo. Acabamos nos desgastando e também relaxando, por conta da grande diferença no placar que impomos à TV na primeira etapa", disse. O comentarista presente no jogo, transmitido para todo o Estado, concordou ao vivo. "A ACS poderia meter fácil uns 20, se não tivesse se acomodado e começado a combinar um churrasco em pleno segundo tempo", irritou-se ele.


Mário Messagi, uma das grandes atrações do confronto, apareceu pouco, mas foi certeiro no gol que marcou de fora da área e armou boa parte das jogadas. Ao final, foi aclamado pela equipe como "o maestro". Messagi chegou a chorar no fim do jogo, emocionado pela superação depois de uma empadinha que o afastou dos gramados por dois dias. Já Félix, da TV, não estava inspirado. Errou passes, foi fominha, bateu pouco em direção ao gol e irritou-se muito, só não sendo expulso de campo devido à ausência de um juiz imparcial (o posto acabou nas mãos do reitor Zaki Akel, do time da TV, que poucos ousaram questionar).


Pós-jogo

Nós próximos dias deve ser marcada uma revanche. A dúvida é Félix, que deve ser afastado do time depois do fraco desempenho. "No meu time não há espaço para quem não sabe perder", garantiu Polaco, um atleta veterano e exemplo de fair-play. De fato, a atitude de Félix no pós-jogo, se recusando a tomar cerveja com os companheiros de partida, foi um dos pontos baixos da noite.




OS VENCEDORES, UM A UM
Bernardo (8): consistente, não teve culpa nos gols.
Anderson (9): desengonçado no meio-campo, mas implacável finalizador.
Messagi (8): abriu o placar e foi eficiente na organização.
Bettinelli (6): limitado tecnicamente, mas correu muito, puxando a marcação e abrindo espaços para os talentosos Ciro Campos e
Sandoval Matheus brilharem.
Fernando (8,5): o comandante levou a equipe com mão de ferro; marcou e finalizou bem.
Sandoval (8): driblou, marcou, correu, cabeceou e fuzilou várias vezes o gol; por azar, não anotou o seu.
Ciro Campos (8,5): jogo pra frente, volta pra marcar e é preciso nos passes.
Rodrigo Cruz (sem nota): entrou apenas dez minutos, impossível avaliar.

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